segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Depressão pós-feriado

Eu e minha existência banal. Há dias que eu escolho simplesmente não viver. Explico melhor. Não é querer tirar a própria vida, é apenas deixá-la de lado por um dia. É acordar já esperando que o dia acabe logo. E isso não é viver. É enrolar, escapar, perder-se nas ações mais fúteis possíveis. É ficar vagando pela internet (principalmente Facebook), a fim de encontrar alguma notícia interessante, é ver albuns de fotos de pessoas que você não conhece apenas pelo prazer medíocre de bisbilhotar a vida alheia. 

Nesses dias, quase obrigatoriamente segundas-feira, eu tento fazer de tudo para não fazer nada. Não consigo encarar minhas obrigações mais simples. Postergo tudo. Sonho com o meu sofá que trocarei apenas pela minha cama. Parece deprimente, não? Mas é bom. Pior que é bom. 

Quando trata-se de uma segunda-feira pós-feriado a tendência é os sintomas agravarem-se. Dores no corpo, bocejos constantes. Café, café, água, água. Café de novo. Parece que a mente não quer se ligar, está em standby desde o início do Programa do Faustão no fim da tarde de domingo. Talvez até quarta-feira ela pegue no tranco, quando já começa-se a vislumbrar o próximo fim de semana.

É somos assim. Pelo menos eu sou assim. Minha preguiça atinge as vezes níveis alarmantes. E o que mata não é essa preguiça em si, mas a culpa neurótica de estar disperdinçando (ou seria curtindo?) um tempo útil. Talvez se eu simplesmente deixasse essa preguiça tomar conta de mim e desistir de lutar contra ela eu compreenderia que este é só mais um episódio de depressão pós-feriado.

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