sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

2012

Já é quase tradição. O final do ano se aproxima e começamos a fazer nossas retrospectivas, ou como chamei ano passado, fechamos para “balanço” e contamos os lucros e as perdas. 

Inspirado pela retrospectiva do Facebook e por este artigo, faço novamente este exercício reflexivo e contemplativo. A sensação é de que foi um ano cheio, longo e pesado. Acho que isso se deu por tantas coisas importantes terem acontecido, tantas mudanças, algumas planejadas, outras bruscas. 

No meu caso arrisco dizer que foi um ano “divisor de águas”, o fim de uma época e o início de outra. Foi o fim de um tempo de fantasias e planos, de aventura e experimentação, e o início de uma época de responsabilidade e início da maturidade. Época nova de fazer acontecer, construir, andar na linha rumo a um futuro mais seguro e fixo. Parece assustador mas é o rumo que a vida vai traçando. 

Foi um ano em que fui testado o tempo todo, em que a vida colocou-me em situações limites, e com estas pude perceber que emocionalmente sinto-me maduro. Pela primeira vez senti que ao invés de buscar refugio e proteção frente as perdas, que agora eu deveria assumir este lugar de segurança. E consegui. É a vida adulta consolidando-se. 

Um ano que contemplou ao mesmo tempo perdas inestimáveis – minhas duas avós- e a realização de um sonho profissional (a tão esperada nomeação no TJ!). E também foi um ano inteiro de planejamento e dedicação ao meu casamento, o que se realizou em dezembro de forma esplêndida! 

Após 12 meses a sensação é de total dubiedade: por um lado sentimentos de imensa alegria por todas as realizações e crescimento emocional; por outro, a tristeza da perda de pessoas que eram tão presentes em minha vida e a falta que fizeram nesses momentos tão especiais para mim. 

Pela primeira vez chego ao fim do ano sem aquele sentimento nostálgico de que o ano deveria ter sido diferente, de que eu esperava muito mais das coisas que aconteceram e de que minhas expectativas foram frustradas. Não. Aconteceram muito mais coisas do que eu esperava, coisas muito ruins inclusive, mas que consegui enfrenta-las e aceita-las de forma melhor. Talvez por não gerar mais tantas expectativas, e por não deixar que o ano encaminhasse para o seu término sonhando com um ano próximo melhor. 

Não é o tempo, o destino, acaso ou qualquer outro nome que você der que irá fazer seu ano melhor ou não. É a sua vivência, o seu fazer no dia-a-dia que determinará sua conformação ou não com o que aconteceu. E acho que fiz muito este ano, enfrentei tantas coisas e diversas mudanças que me sinto realizado. Foi como eu esperava? Não. Ainda bem, pois eu não esperava nada. Apenas enfrentei dia-após-dia como se fosse algo novo, sem idealizar e sem temer o cada passo dado. 


Obs.: comecei a escrever este texto em 14/12/2012, e só consegui termina-lo agora. Foi muito difícil fechar um balanço de um ano tão cheio de acontecimentos e mudanças. A “ressaca” desse ano ainda está forte, tema para outro post.