quarta-feira, 23 de março de 2011

A Carta

Para Bruneco,


"Tanto tempo faz
Que li no teu olhar
A vida cor de rosa que eu sonhava
E guardo a impressão
De que já vi passar
Um ano sem te ver
Um ano sem te amar"



Erasmo Carlos - A Carta


Quase um ano se passou e a vida continua. Com um vazio ainda incômodo. É como se uma parte de mim houvesse se perdido em algum lugar que sei  que não encontrarei. É você. É a sua falta. Não caí a ficha, longe agora onde estou, infelizmente não caí. 
É impressionante como achamos superar sua perda. E logo constatamos que só tempo passou. E é assim que acontece. Viramos as costas e vivemos nossas vidas. De repente somos novamente confrontados com um buraco, que sempre estará lá. Nunca será preenchido. Não há o que substitua. 
Agora estamos novamente sendo confrontados com essa sombra. A sombra da morte. Queremos muito que ela passe longe. Estamos cansados, com as almas castigadas. A tua ausência repentina magoou demais. Cicatrizes ficaram. E elas estão frescas ainda. 
Será que vai acontecer de novo Bruneco? Espero que não. 


"Escrevo-te estas mal traçadas linhas,
por que veio a saudade visitar meu coração"