Entre sonhos e devaneios vou tentando achar o que há de real em mim,
onde no meio disso tudo eu simplesmente existo.
Realidade torta e malfadada.
Há no cotidiano um misto de complacência e entrega ao simples devir.
Reflexão. Por quê? E para o quê?
A vida simplesmente insinua possíveis caminhos, deixando-nos à livre escolha.
Há realmente apenas uma opção que possa ser escolhida?
Caminho entre fendas aleatórias e caminhos pré-estabelecidos.
A cada tropeço volto atrás e penso: não poderia ter sido diferente?
E se naquela queda eu tivesse escolhido apenas cair e entregar-se?
Quando devo reconhecer que foi uma derrota e devo aceitar?
Vida cheia de respostas não dadas.
A experiência supera a essência, até onde?
Há uma natureza da qual eu fujo e sempre acabo voltando.
Posso realmente acreditar?
Dúvidas que servem apenas para tentar fundamentar o que já está dado.
Dependerá do que eu puder conciliar e até certo ponto conformar.
Trilha Sonora: "Hey You" - Pink Floyd; "Talking Shit About Pretty Sunset" - Modest Mouse; "Paper Boats" - Nada Surf.