Olhar para si mesmo e achar que algo está errado.
Sempre
falta. Ou transborda.
Encontrar o tal “equilíbrio”, a homeostase.
Preso entre o desejo e a censura.
Quero! Posso?
Onde e como?
Sair da zona de conforto e enfrentar a imprevisibilidade do
devir.
Isso pode significar perder o que já se conquistou.
Ou não.
O que mata mesmo é o imaginar.
É bom sonhar, projetar,
deixar-se entregue aos devaneios.
Mas e a realidade? Enquanto eu sonho a vida acontece.
E a perco, o tempo todo.
Onde eu estava quando aqui tudo acontecia?
Sobra-me o passado a analisar. O futuro a criar.
E o presente? Por que nunca o alcanço?
Quem é esse Outro que tanto me demanda?
Por que o encontro com o outro me choca?
Qual o seu desejo?
Não me vejo e tento reconhecer-me.
Desconectado.
Queria apenas viver como tudo se é.
Trilha
Sonora: “Faust Arp”, “Reckoner” e “Nice Dream” – Radiohead; “Life on Rain” –
Remy Zero.
Nenhum comentário:
Postar um comentário