terça-feira, 11 de outubro de 2005

True Love Waits

Joey sabia que o amor verdadeiro espera. Há a espera, sempre houve. Mas até quando? Se questionava enquanto olhava pela janela do ônibus. Sempre o acreditou enquanto estava longe de si, isolado. Distante, mas não tanto que o possa alcançar, ao menos a superfície. Vagava e vagava entre pensamentos e devaneios. Se aproximava e se afligia. Dentro de si sempre o sentiu. Estava sempre latente, pronto a romper o peito e lhe destruir por inteiro. Fugia. Sempre fugiu. Esperava e discontente se satisfazia. Imagens, sons, fragmentos de delírio. Dentro de si podia existir, e esperar. A cada ameaça de realização recuava. Se remoía. Se perdia... Sonhava com o dia perfeito. Com a vida transformada em ilusão. Decidiu um dia que nunca mais iria se iludir. E como num passo apertado, cambaleante, caiu. Foi aos infernos e voltou. Achou-se recuperado. Doce ilusão. O real o machucou, mas não pôde sentir. Anda pelas ruas como se não existissem. Respira como se não houvesse ar. Conversa com espíritos como se fossem gente. E a espera? E o amor que espera? A verdade submetida ao confronto, não surge. Tonto, desalmado vive. A espera com os fantasmas. O Fantasma.
Such a pretty garden
Such a pretty house
With no alarms and no surprises
(No Surprises, Radiohead)
I'm not living
I'm just killing time
Your tiny hands
Your crazy kiss and smile
Just lonely, lhhhonely..
Just lonely, lonely..
(Tue Love Waits, Radiohead)

2 comentários:

Anônimo disse...

Chicagoist Around the Town
This week Chicagoist will be making a couple appearances on panels on blogging. If you're interested in hearing more about the blogging process and a bunch of nerdy mumbo jumbo , you should check it out.
Hi, I was just blog surfing and found you! If you are interested, go see my pet supplies related site. It isnt anything special but you may still find something of interest.

Anônimo disse...

Sim, provavelmente por isso e