"I didn't go to work for a month
I didn't leave my bed for eight days straight
I haven't hung out with anyone
'Cause if I did, I'd have nothing to say
I didn't feel angry or depressed
I didn't feel anything at all
I didn't want to go to bed
And I didn't want to stay up late"
(Modest Mouse - "Whenever you breathe out, I breathe in")
A preguiça corrói meus ossos. Uma
estagnação constante, vontade de não-movimento. Quieto, parado e escondido.
Esconder-se do quê? Do que é a sua própria vida? Pura contradição. E não é a
contradição a própria essência da vida?
Deveria apenas agir, escolher um
rumo e seguir. Mas algo trava, puxa-me para o nada. Pura inércia. E
sendo assim um pequeno empurrão serviria para colocar o corpo em movimento
contínuo, até que outra força o parasse. Mas falta também esse estímulo.
Na real hoje não quero outra
coisa a não ser parar. Comecei o dia já querendo que ele acabe. E quando o dia
começa assim, dificilmente acontece algo para mudar esse estranho rumo.
Quando apenas esperamos que algo
mude a nossa sorte, quando somente lançamos nosso destino ao por vir,
dificilmente algo acontecerá. Parece mentira, mas uma pequena partícula nossa
de vontade e motivação altera a ordem do mundo. Pelo menos nosso mundo passa a
funcionar, assim como apertamos a tecla de força de um notebook e o sistema se
inicia. Sem esse mínimo esforço o computador nunca iria ligar-se e começar a funcionar.
Trilha Sonora: Modest Mouse "Whenever You breathe out, I breathe in".
Obs.: o velho Modest Mouse volta a tocar por aqui, companheiro de muitas fases de tédio e preguiça!
2 comentários:
A preguiça impede de viver, impede de que façamos "errado". É um asilo perigoso que deixa s dias passarem em branco, eu tenho medo desse monstrinho. Quando ataca ele impede que os dias floresçam e as coisas interessantes que estão na nossa cara, se descubram. A gente vive de imagens virtuais, de lembranças e planejamentos e perdemos os sorrisos do lá fora, e o vento soprando no rosto. Pode ser opcional também...
E eu sempre questiono Márcia, o que nos faz abrir mão do simples viver, de apenas deixar que as coisas aconteçam (tanto as boas como as ruins)?
E as vezes só precisamos de um empurrão para começar algo novo, arriscando ou não. Desde que a preguiça não impeça!
Postar um comentário